BRASIL RESPEITADO
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de julho de 2011
Submarino é uma lagarta preta de metal que vive nas águas e devora adversários.
Dentro dos belos casos apresentados sobre Santana do Ipanema e Sertão alagoano, falamos sobre o professor e intelectual Alberto Nepomuceno Agra. Era rígido mais também relaxava em suas andanças pela periferia. Assim fomos encontrar o excelente professor no poço dos Homens, observando o nosso movimento de rapazotes. Quando alguém mergulhou, foi dizendo antes que aquele era o microscóspio do submarino, deixando só o braço fora d’água. O professor deixou o rapaz vir à tona e corrigiu, curto e com um raro sorriso, “o nome correto é periscópio”.
Passados tantos anos de Brasil-microscópio, tivemos a grata satisfação de lermos as últimas notícias sobre a grande conquista da Marinha brasileira. A presidenta Dilma Rousseff, acaba de marcar em importantíssimo evento o início da construção de submarino, grande passo para desenvolver o país. Isso é o resultado de acordo feito ainda em 2009 entre Brasil e França para fabricar equipamentos. Está previsto pela Marinha do Brasil a construção de quatro submarinos brasileiros, de tecnologia francesa. O importante é a transferência dessa tecnologia para o Brasil. “A Itaguaí Construções Navais, empresa criada em parceria entre a construtora Odebrecht e a francesa Direction des Construtions Navales et Services (DCNS), com a participação da Marinha brasileira, será responsável pela construção de quatro submarinos convencionais, com propulsão diesel-elétrica e 70 metros de comprimento, e um com propulsão nuclear, com 100 metros”. Deverá ser construída uma base naval para abrigar essas embarcações que trazem uma nova era para o nosso país. O resultado desse acordo com a França é de aproximadamente RS 6,7 bilhões, o que deverá gerar ainda nove mil empregos diretos e 27 mil indiretos, segundo o ministério da Defesa. A cerimônia a respeito do assunto aconteceu em Itaquaí, a 73 km do Rio.
Segundo outras informações, os franceses se comprometeram a repassar a técnica de fabricação de peças usadas nos submarinos, tecnologia essa que pertence atualmente a um clube fechado composto de apenas cinco países que são Estados Unidos, China, Inglaterra, Rússia e a própria França. Com certeza com esse trabalho, o Brasil será o sexto privilegiado. Ainda dentro dos cálculos da Marinha, cada submarino poderá contar com cerca de 36 mil itens, produzidos por mais de 30 empresas brasileiras
Um dos objetivos dessas novas armas é proteger as nossas jazidas de petróleo descobertas na faixa do pré-sal. O petróleo, apesar de caminhar para a sua extinção e ser grande poluidor, não serve somente para fazer gasolina. Suas inúmeras utilidades não devem ser substituídas de uma vez em apenas algumas décadas. Por outro lado, o país cria moral diante de outras potências por estar atualizando e modernizando sua Marinha, para proteção dos nossos interesses. É por isso que vamos deixando a fase de Brasil-microscópio e passando para a de Brasil-periscópio, de verdade; um pouco diferente, é certo, daquele do professor Alberto Nepomuceno Agra, da rapaziada do poço dos Homens, para a situação inconteste de país presente, de país altivo, de BRASIL RESPEITADO.
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