quinta-feira, 21 de julho de 2011

JUAZEIRO DO NORTE



JUAZEIRO DO NORTE
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de julho de 2011

Ainda não deixamos de admirar a cidade de Juazeiro do Norte, região peculiar do Brasil de tantas tradições. Para quem gosta de pesquisas, um dia só em Juazeiro não permite nem iniciar os seus trabalhos diante da diversidade do vale do Cariri. Geografia, História, religiosidade, folclore, tradições, surgem formando um centro de estudos a céu aberto, de proporções inesgotáveis. Um mês de permanência no vale, pelo menos dá para sentir o clima místico e de valentia que impregnaram sua história recente de tantos episódios apaixonantes. Os estudos não se concentram apenas na cidade propriamente dita, mas estendem os seus tentáculos para Missão Velha e Barbalha que formam com Juazeiro um tripé indispensável aos visitantes.

“Já você foi sanguinário
                                       Foi um bandido moderno
                                       Não deveria ter ido
                                       Direto para o inferno
                                       Junto com seus aliados
                                       Pra queimar no forno eterno?

Seu padre, o senhor já sabe
                                       Que o cangaço foi meu dom
                                       No dialeto das armas
                                       Precisei conversar com
                                       Quem desejava o meu fim
                                           Mas tive o meu lado bom!”

             O comércio continua sendo arrojado no Juazeiro do Norte, juntamente com uma romaria intensa no turismo religioso. Hoje, com metrô e aeroporto, vão-se unindo o antigo e o moderno, com gosto para todos que resolvem fazer umas andanças pelas terras misteriosas. Juazeiro passou para o terceiro lugar em polo calçadista do Brasil. Seu parque ecológico e seus deslumbrantes cenários conquistam mais adeptos do turismo aventura, facilitado pela rede de transportes. Pelas ruas do tripé ainda é possível encontrar cantadores de viola, retratistas, emboladores, restauradores, vendedores de ouro, cordelistas, zabumbeiros, cantores bregas e mesmo gente da fala trincada, que são os estrangeiros.
             São quase obrigatórias as visitas ao museu, ao horto, à estátua do padre Cícero e à igreja de Nossa Senhora das Dores, onde assoberbam histórias e mais histórias de um passado empolgante e confuso. O pequi é encontrado em quase todos os lugares, fruto oleaginoso e aromático, usado para licores, culinária e fins medicinais. Missas de hora em hora, igrejas lotadas, comércio intenso, fazem do Juazeiro um lugar de concentração durante o ano inteiro. Ninguém se espanta com 100, 150, 200 ônibus de fora estacionados na cidade. Há espaço suficiente para se ganhar dinheiro com tudo que se imagina. É mesmo a “Meca Nordestina” a cidade de JUAZEIRO DO NORTE.
* "Lampião e padre Cícero num debate inteligente" (MOREIRA de Acopiara).











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