NA CHÁCARA DO CIÇO
Clerisvaldo B.
Chagas, 23 de julho de 2016
Crônica 1.549
SANTANA. REGIÃO PERIFÉRICA. Foto: (Clerisvaldo). |
Como diz o povo: enquanto
descansa carrega pedra. Mergulhado no trabalho da Geografia, ficamos sem
escrever crônicas todos os dias. Mas, ontem, sexta-feira, em plena festa da
padroeira Senhora Santana, fomos pesquisar na periferia. Eis que nos
encontramos com o Cícero Nobre, ex-comerciante e perito em jardinagem. Levado
quase à força a sua “Chácara Padre Cícero”, descemos pelo Bairro Lajeiro Grande
até às margens do rio Ipanema. O homem apaixonado pelas plantas foi nos
mostrando os vários compartimentos da sua propriedade em área de lajeiro e
matacões. Muitas plantas de ornamentos e medicinais, inclusive, árvores
robustas para produção de madeira.
E o Cícero, amante das plantas e da Natura foi
mostrando os seus feitos e contando histórias as mais diversas sobre sua vida,
obras, plantio, comércio e tantas coisas mais que encerramos a visita sentados
num lajeado contemplando a paisagem dos arredores, fotografando, anotando, num
interminável diálogo.
Além do nosso trabalho, naquela sexta-feira, Deus nos
permitiu manhã agradabilíssima com lazer e missão profícua. O bornal trouxe
limões e mais limões para temperar a galinha de capoeira que o Cícero teimava
em nos presentear.
Sempre fomos conhecedores da região, mas não da
chácara nem do espaço preenchido caprichosamente. Foi quando pudemos apreciar
as belas jaçanãs fazendo festa nas “orelhas de burro” de seus dois enormes
barreiros.
Para quem se levantou ao amanhecer com o céu
prometendo chuva, o trabalho do dia pareceu profícuo e abençoado pelo perfume
do mato verde e das boas palestras do proprietário da chácara. Em casa, a
contabilidade deu altamente positiva e, como sempre, agradecemos ao Mestre dos
mestres, pelo árduo se transformar em benesses.
Continua ainda, compadre, a festa da padroeira.
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