quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

PESQUISANDO COM O PADRE JACIEL

PESQUISANDO COM O PADRE JACIEL
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.827

PADRE JACIEL SOARES E ESCRITOR CLERISVALDO B. CHAGAS. FOTO: (B. CHAGAS).
Como complemento do livro ainda inédito: “O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”, resolvemos pesquisar junto à Paróquia de Senhora Santa Ana. Apesar de inúmeras informações sobre o mundo católico local, registradas no livro acima, fomos despertados para as origens e tudo o mais sobre os sinos e o relógio da Matriz. Assim marcamos um encontro com o padre Jaciel Soares Maciel, titular da Paróquia e procedente do sítio Olho d’Água do Amaro. Com a urbanidade do pároco, fomos para o único livro Tombo que escapou do desaparecimento, mas, infelizmente nada encontramos sobre os sinos e o relógio. Fica assim a História de Santana, devendo essa lacuna particular, específica e de grande significado para a nossa população.
Com a grande e segunda reforma da Igreja Matriz de Senhora Santana no final da década de quarenta e início da próxima, o relógio da Matriz passou a ser indispensável ao comércio e a todos os bairros santanenses. Já o conjunto de sinos complementava a maravilhosa visão da magnífica torre de 35 metros de altura; principal cartão postal da cidade e frontal de igreja mais belo de Alagoas. Com o tempo, o relógio foi perdendo as forças e o desgaste passou a não compensar mais a sua recuperação. Quanto aos sinos, teve o seu grande mestre Luís, apelidado “Major”, como o maior de todos os sineiros. Mas como tudo tem fim, foi embora o ciclo tão bonito, para o início de outro como acontece com as gerações das pessoas.
De qualquer maneira, ficamos honrados pela receptividade do padre Jaciel Soares Maciel, pessoa acolhedora e sábia cujo carisma tem conquistado o povo católico da Paróquia e o santanense em geral. Nossa conversa foi longa sobre a história da Igreja e de Santana, enriquecendo nosso bate-papo e aparando equívocos em favor de fatos verdadeiros. Ganhei um mês inteiro no diálogo com o padre Maciel. Senti tristeza apenas quando me dei conta que a interlocução riquíssima poderia ter tido pelo menos100 pessoas interessadas em nossa História, presentes.
Quem sabe, outros encontros virão! Talvez muito mais proveitosos em benefício da nossa cultura e do nosso povo.



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