domingo, 23 de junho de 2019

SÃO JOÃO E NÓS


SÃO E JOÃO E NÓS
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de junho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.131

(IMAGEM NÃO  IDENTIFICADA)
Finalmente chegamos ao auge do mês de junho e no pico dos festejos nordestinos, com o São João. Comemora-se no Brasil inteiro, mas o epicentro, sem dúvidas, acontece nas terras quentes do Nordeste onde a festa atinge todos os limites da alegria. É bom nas capitais, é bom no interior, é bom onde você estiver, porque o sentimento coletivo é um só em torno do santo. As variantes não comprometem o dia, mudando apenas detalhes do lugar de origem para o lugar de visitas. As comidas típicas contêm sempre a mesma base “camaleando” apenas aqui ou acolá. O roncar do fole e o chiado do tamanco, do tênis, da botina ou da chinela, com poeira ou sem poeira, louvam do mesmo modo o santo do inverno e da fartura.  
Nas Alagoas, mesmo não faltou milho este mês, onde foi encontrado aos montes nas praças, nas feiras, nas rodovias, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Quadrilhas tradicionais e estilizadas ganharam espaço nos clubes, nos palhoções, nas escolas e mesmo em salões sofisticados. Em Maceió, tirando os pontos de concentrações de danças, bombas e rojões cortaram os ares até perto da meia-noite. Não houve fogueira em todos os lugares, mas o cheiro de fumaça estava presente invadindo ruas e condomínio.  Ah, compadre, não frequentei o QG da alegria, mas matei o pecado da gula que se instala neste mês. Nem mesmo a derrota da seleção feminina para a França, conseguiu baixar o ânimo de quem se preparou para louvar os céus.
“João Batista (2 a. C. – 28 d. C) foi um pregador itinerante cujo aparecimento se deu na Judeia, provável lugar de nascimento e na Galilleia (c.28 d. C) na época de Herodes; João teve muitos seguidores e pregava aos judeus, dizendo que deveriam exercer a virtude e a retidão e usava o batismo como símbolo de purificação da alma em seu movimento messiânico. Sua historicidade é controversa, mas essa história é apoiada no escritor e historiador Flávio Josefo, em sua obra Antiguidades judaicas”.
Ah, velho Sertão!
Estou sentindo cheiro de fumaça da aroeira!...





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