AGORA SIM Clerisvaldo B. Chagas, 14 de agosto de 2012. Crônica Nº 841 Matriz de Senhora Santana. Cartão Postal. Batemos muit...


AGORA SIM
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de agosto de 2012.
Crônica Nº 841

Matriz de Senhora Santana. Cartão Postal.
Batemos muito em nossos trabalhos sobre a expansão travada de Santana do Ipanema. Gente da prefeitura chegou até a declarar que a cidade não possuía terrenos  para vender, na tentativa de ludibriar o povo e não trazer para a cidade empresas e repartições públicas. Como não possuir terreno? Santana não é nenhuma cidade fantasma que não ocupa terreno algum. A omissão das autoridades é por conta do egoísmo desastrado de não querer Santana desenvolvida, não aceitando a instalação aqui de indústrias de renomes internacionais e repartições de Ensino que poderiam acabar com o voto ignorância. Mas os que ocupam a prefeitura continuam nessa política mesquinha de 1920 em travar o progresso para dominar “legiões” de burros. Claro que encontrar um lugar para um prédio comercial no centro de Santana não é coisa fácil, mas não se pode instalar de tudo somente no centro. Estão aí os exemplos da UNEAL, construída na periferia, O Batalhão de Polícia, O Fórum, a Receita Estadual, uma fábrica de artigos de mármore, postos de gasolina e prédios enormes para depósitos de mercadorias, Igreja, escola municipal modelo, Hospital Geral, fábrica de gesso e, recentemente, construções para cursos da UFAL e IFAL. Tudo foi construído em terrenos e não no ar, no espaço dos aviões.
Sempre falamos que a expansão comercial de Santana nada deve a prefeitura, mas sim, a capacidade de seus empreendedores. O município nunca teve coragem ou interesse em adquirir um palmo de terras para incentivar nada em nossa cidade, sequer um cemitério. Ultimamente, porém, os próprios donos de terrenos nas cercanias, estão destravando a expansão urbana que estava metida em camisa de força. Tudo teve início quando um particular resolveu comprar um terreno desprezado no bairro Barragem, loteando-o e provando que era um bom negócio. O local está completamente habitado e muito bonito. Agora outro proprietário está loteando sua fazenda que terminou cercada pelo casario no Bairro Lajeiro Grande. Digno de louvor, o trabalho do senhor Valdir Rego, que rapidamente está beneficiando os lotes e vendendo muito. No bairro São Vicente, em breve, terá início mais outro loteamento importante, logo na saída para o povoado São Félix, com investimento também de cidadãos dos Estados Unidos. O sítio Lagoa do Mato, saída para a outra cidade, Olho d’Água das Flores, uma antiga granja vai ser toda loteada formando condomínio de luxo, com empreendedores portugueses e espanhóis que descobriram que Santana é cidade polo e tem futuro para o capital empregado.
Acabei de provar, portanto, que meus gritos nessas crônicas, serviram para alguma coisa. Os proprietários dessas terras loteadas por eles ou vendidas com o mesmo fim, estão de parabéns pela nova mentalidade. É sempre bom alertar que o sítio Lagoa da Mato, tem um amplo pedaço de caatinga, que bem poderia ser uma reserva verde para Santana e melhor estudada. O que o poder público deixa de fazer, o povo faz, AGORA SIM!

QUESTÃO DE PULSO Clerisvaldo B. Chagas, 13 de agosto de 2012. Crônica Nº 840 Vôlei brasileiro feminino em êxtase. (Fonte: SMN). ...

QUESTÃO DE PULSO


QUESTÃO DE PULSO
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de agosto de 2012.
Crônica Nº 840

Vôlei brasileiro feminino em êxtase. (Fonte: SMN).
Verdadeiro espetáculo foi dirigido pela TV Record com a final do Vôlei Brasil e Estados Unidos. Uma cobertura da mesma qualidade da Seleção Feminina, em vibração e imagens. Que desabafo extraordinário o das meninas do Vôlei! Depois de inúmeros dias longe de casa, sofrendo pressão fora e dentro das quadras, bem que não poderia ser de outro jeito. Uma emoção que saltou em muito o protocolo britânico comedido. E se o amarelo é cor natural da alegria, passou a ser também a da euforia vitoriosa quando encheu os olhos da plateia em expectativa. Se nós não vivenciamos pessoalmente um momento único de campeão olímpico, fomos contagiados pelas nossas atletas. As brincadeiras após a vitória procuravam espantar os fantasmas últimos que puxavam para baixo. Disseram muito nos comentários sobre técnico não ganhar medalha. Não é nada fácil burilar um grupo de atletas, primordialmente, do sexo oposto, até conduzi-lo ao pódio. É preciso muitos nervos, como nervos até demais, tem e teve Zé Roberto com marreta à mão quebrando lajeiros até o cume. Além da calma necessária, uma rara educação mostrada na tela e a conquista inédita, faz o técnico brasileiro ganhar uma simpatia impar.
O murro estonteante que recebemos no futebol foi muito duro e desmoralizador não resta dúvidas. Felizmente, para nos levantar da estrondosa queda, as meninas da quadra, puxaram pelos nossos braços. Bem que o Esquiva também poderia ter trazido o ouro para o Brasil. Em nossa modesta opinião, foi prejudicado pelos árbitros, porém, teve sua parcela de culpa, pois dava a impressão de que lutava com mais medo de perder do que a vontade de ganhar. Como se diz aqui pelo nosso Nordeste era meter a mão logo no pé do ouvido do japonês e pronto. Não se tornou agressivo, foi muito mole, fique com a prata mesmo. Estamos falando da tarde do sábado quando dividimos o amargo das derrotas e o prazer da vitória nas Olimpíadas. Tantas modalidades apresentadas e tanta repetição de frase: “O brasileiro (a brasileira) está fora”. É justamente na hora das competições, quando surgem os defeitos da política voltada para o esporte brasileiro. Ficamos como verdadeiros Sacis, pulando ao lado de corredores de duas pernas.
No futebol, para onde partir? A desconfiança do povo no técnico vem há muito. Mas, se perdemos na primeira opção do Brasil, ganhamos na segunda. Perde-se no futebol, se ganha no vôlei. À tarde do sábado não estava para canelas, mas, com toda estabilidade, era somente uma QUESTÃO DE PULSO.

O SÁBIO DA CANOA Clerisvaldo B. Chagas, 10 de agosto de 2012. Crônica Nº 839 Canoa. (Fonte: Luís Nassif. On line). É conhecida...

O SÁBIO DA CANOA


O SÁBIO DA CANOA
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de agosto de 2012.
Crônica Nº 839

Canoa. (Fonte: Luís Nassif. On line).
É conhecida a história do sábio da canoa e bem provável que o leitor a conheça com outros ingredientes. Faz parte de narrativas que se perdem de livros ou de criações orais contadas vez em quando. Certo dia surgiu um sujeito todo engomado e duro como cabo de vassoura, às margens do rio São Francisco. Um canoeiro aproximou-se e indagou se queria atravessar. A resposta foi positiva. Depois de acertarem o preço, o passageiro, vestindo terno branco e chapéu panamá, colocou seus apetrechos na embarcação e acomodou-se na travessa. O canoeiro começou a remar e a canoinha singrava as águas que era uma beleza! De repente o ilustre passageiro começou a perguntar ao pescador mal vestido e analfabeto, se ele sabia falar francês. O remador respondeu negativamente. O sábio então lhe disse: “O senhor perdeu 10% de sua vida”. Canoeiro calado, o sábio pernóstico indagou se ele dominava o idioma inglês. Nova resposta negativa, novo prognóstico: “O senhor já perdeu 20% da sua vida”. Naturalmente o pescador não estava gostando daquele diálogo e começou a detestar o passageiro. Quando o sábio indagou pela terceira vez, com a mesma explicação, formou-se uma tempestade que chegou rápido até o pequeno e frágil veículo. O canoeiro, então, perguntou por sua vez se o intelectual sabia nadar. Como a resposta foi negativa, o pescador disse para o engomado: “Pois o senhor acaba de perder a vida toda”, abandonou a canoa e saiu nadando.
Muita coisa já foi feita em benefício do nosso País. Nós brasileiros, continuamos, entretanto, insatisfeitos, com as péssimas administrações dos nossos prefeitos que não trazem o desenvolvimento para as cidades, desviando descaradamente a verba pública, amparados em famigerados contadores e defensores de bandidos. Os escândalos trazem luz aos desmantelos, vários colarinhos examinam as quatro paredes do xadrez, mas logo, logo estão na rua a zombar dos seus adversários políticos e vibrando com as farras de regozijos dos correligionários. Houve tempo em que se dizia que se o Brasil não acabasse com a saúva, a saúva acabaria com o Brasil. Podemos atualizar a frase trocando a saúva pela corrupção.
Os políticos tornaram-se especialistas em defesa dos seus interesses. Muitos nem incentivam mais os filhos ao trabalho, mas os colocam na mesma trilha de sucessão para o dinheiro fácil. Nada temos contra os políticos exemplares que graças a Deus ainda surgem. Todavia, parece mesmo que somente uma ordem divina pode exterminar esse tipo de saúva. E se o leitor amigo quer saber, eles nadam corretamente diante das tempestades, à semelhança do canoeiro. Nós, formadores de opinião e povo, ficamos à deriva, ao sabor do tempo brabo, sem saber nadar, infelizmente, como O SÁBIO DA CANOA.