OS BESOUROS Clerisvaldo B. Chagas, 6 de maio de 2013. Crônica Nº 2013 Fonte: (Wikipédia). A mulher chega à padaria logo ced...

OS BESOUROS



OS BESOUROS
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de maio de 2013.
Crônica Nº 2013

Fonte: (Wikipédia).
A mulher chega à padaria logo cedo e vai comentando. Medonho foi um tiroteio acontecido ontem à noite, ali por perto. Segundo a senhora, chegou reforço de outro bairro para as coisas que aconteceram no São José. A dona da padaria diz que era um divertimento dos meninos. E assim, de divertimento em divertimento, as quadrilhas do interior vão se espelhando na televisão e procuram imitar o mais fiel possível os combates das capitais. Com armas emprestadas, roubadas ou alugadas, as quadrilhas, geralmente composta de menores, vão aterrorizando também o interior. Não existe mais tamanho de cidade, eles estão por todos os cantos. Trechos entre o povoado Pedrão e Olivença estão sendo apontados como perigosos, onde os assaltos são constantes. Amarraram a paz e soltaram a violência que passou a reinar nesse país sem forças para dominar o mal. Quando os bandidinhos, cada um com um revólver à cinta, avistam uma patrulha passando, dizem logo: “Lá vão os otários”.
Vez em quando havia uma “limpeza”, aplaudida pela sociedade, pois se sabia que as vítimas eram marginais. Porém, os tais “direitos humanos” que não dão jeito no problema, caem em cima dos justiceiros e, a bandidagem recomeça por todos os lugares. Em cada bairro tem os “galos”, os temidos, os que se acham invencíveis e se envaidecem nas condições de marginais. Eles estão por todos os lugares, inclusive nas escolas, cujos professores estão constantemente sendo ameaçados. Hoje alguém só aceita ser diretor, se a vaidade do nome lhe subir à cabeça. Muitas escolas estão repletas de indivíduos da marginalidade de facções rivais e que procuram briga dentro ou fora das salas. Os assaltos em torno das escolas são constantes. A polícia prende a Justiça solta por força de legislação e assim o país chega a um ponto em que fica encurralado com suas próprias leis.
O grande prazer dos bandidos, grandes e pequenos é mandar bala na polícia, os famosos “besouros quentes”. E haja BESOUROS.

IPANEMA, TRECHOS URBANOS Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2013. Crônica Nº 1012 ÁGUAS NEGRAS E LIXO NA FOZ DO RIACHO CAMOXI...

IPANEMA, TRECHOS URBANOS



IPANEMA, TRECHOS URBANOS
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2013.
Crônica Nº 1012

ÁGUAS NEGRAS E LIXO NA FOZ DO RIACHO CAMOXINGA. (Autor).
Nesses tempos de tantas preocupações com o meio ambiente e com a qualidade de vida, lançamos um olhar ao rio periódico Ipanema. Vindo de Pernambuco o rio não passa em nenhuma cidade naquele estado, mas em Alagoas banha Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema, Batalha e vários povoados. Caso alguém queira protegê-lo, pelo menos da poluição, em Santana, poderá dividi-lo em seis pequenos trechos: primeiro, do Poço Grande à Barragem (parte superior); segundo, da Barragem (parte inferior) ao Poço das Mulheres; terceiro, do Poço do Juá ao Poço dos Homens; quarto, do Poço dos Homens à Passagem Molhada da Rua da Praia; quinto, da Passagem Molhada ao Poço do Escondidinho, e último, do Escondidinho até as Cachoeiras.
Todos os trechos trazem seus problemas comuns que afetam o rio e a população de ambas às margens. O primeiro está às voltas com aterramento, lixo e esgotos. O segundo com lixo, esgotos, currais, matadouro do município e fossa do antigo hospital Arsênio Moreira. O terceiro (pior) com lixo, esgotos, tanto do comércio quanto dos fornecidos pelos riachos Salgadinho e Camoxinga e, de óleos originários de postos de gasolina. Quarto com lixo e esgotos. Quinto com lixo e esgotos e, sexto com todos os resíduos dos outros.
A divisão do rio Ipanema em trechos, na sua parte urbana, é apenas uma forma didática que facilitaria o combate aos fatores de muitas doenças provocadas por mosquitos, ratos, baratas e lacraus. O criatório à solta ainda é permitido, quando porcos, aves, bovinos e muares colaboram com a sujeira que prolifera no “Pai de Santana”. Existem tantas organizações civis na cidade, mas não ouvimos nenhum pronunciamento em defesa da corrente de água doce. Enquanto isso padarias vão comprando os restos da caatinga sem notícia nenhuma de fiscalização por perto. Secretaria de meio ambiente da gestão passada, era só no papel e o IMA fica muito distante de Santana. Socorro para o IPANEMA, TRECHOS URBANOS!




A COR DO INVERNO Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de 2013. Crônica N º 1011 A COR DO INVERNO. (Autor). Chega o mês de maio...

A COR DO INVERNO



A COR DO INVERNO
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de 2013.
Crônica N º 1011

A COR DO INVERNO. (Autor).
Chega o mês de maio após muita festa na Capital do Sertão, Santana do Ipanema, em Alagoas. Festas de emancipação de povoado à vila. Desta vez São Pedro cooperou bastante com o evento, quando as torneiras do céu foram liberadas para o tempo seco que persistia há meses. Não houve a dança do índio pedindo chuvas nem procissões específicas, mas os rogos particulares do sertanejo foram ouvidos pelo Pai Eterno. Assim entra o mês de Maria com júbilo à frente no semiárido, espantando a estiagem que devorou a economia de muitos. O mês de maio é o início tradicional da época chuvosa em Alagoas e que se estende até os meados de agosto, aproximadamente. Com o início de plantio do milho e do feijão, o homem da roça reativa as parelhas de bois e desenferruja as máquinas de jogar sementes sob a terra. Pode não haver tanta alegria por causa do que foi perdido com a seca, porém a esperança marcha à frente de uma luta continuada. 
As abelhas voltam às atividades, os bezerros sobreviventes pulam no cercado, o mato enverdece e a alegria do homem se renova. Enquanto isso, o governo federal vai alimentando com o pasto do PAC o Canal do Sertão, ponto definitivo da convivência futura com a seca. Muitos barreiros foram limpos, outros foram feitos e inúmeras cisternas esbranquiçaram a área rural do Sertão. Contudo, todos esses depósitos d’água, juntamente com os pequenos, médios e grandes açudes, possuem o limite de resistência. Muitos apostam que apesar da luta desigual do homem com os rigores da natureza, teremos milho verde no final de junho para os tradicionais festejos a São João e São Pedro. Vamos unindo as nossas preces as do homem do campo, para que o atual mês seja de redenção e boas notícias na agropecuária de todo interior. E se o sertanejo viu de perto o cinza/preto da estiagem, falta contemplar agora as matizes do verde nordestino, A COR DO INVERNO.