FERREIRINHA, UM POETA HABILIDOSO Clerisvaldo B. Chagas, 10 de fevereiro de 2014 Crônica Nº 1137 Poeta, guardião e mateiro Ferr...

FERREIRINHA, UM POETA HABILIDOSO



FERREIRINHA, UM POETA HABILIDOSO
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de fevereiro de 2014
Crônica Nº 1137

Poeta, guardião e mateiro Ferreirinha. Foto (Clerisvaldo).
Os galos ainda cantavam nos quintais distantes, o Sol nem havia saído e o céu azul rajado com nuvens cinza anunciava quentura. Em pouco tempo estávamos no leito quase seco do rio Ipanema, eu e Ferreirinha.
Subíamos o rio para o norte pelas areias grossas e pedregulhos. Cícero Ferreira Barbosa apontava para as árvores, para as ervas, dava os nomes de cada e descrevia suas propriedades medicinais. No bornal, um radinho não parava de tocar músicas sertanejas de raiz, mas agora transformadas em melodias religiosas. “Tudo da minha autoria, professor. Minhas gravações estarão prontas por esses dias e vou lançá-las na festa de São Cristóvão”.
Ferreirinha é um homem habilidoso. Cozinha em acampamentos para grande quantidade de pessoas; canta e toca na igreja e em seus movimentos pelos sítios; além de cantor de músicas sertanejas, aboia igual a vaqueiro e compõe para o sagrado. Mas Ferreirinha não é somente isso. É um grande pescador e especialista na flora medicinal do sertão.
O mateiro mostra ervas medicinais. Foto: (Clerisvaldo).
Enquanto catalogávamos as plantas medicinais in loco, ouvíamos as músicas do seu futuro disco. Ferreirinha também aboiava e declamava poesias matutas, inspirado com o verde da Natureza. Cícero Ferreira Barbosa havia anexado mais uma habilidade a sua extensa lista social. Foi convidado e aceitou ser guardião do rio Ipanema, abraçando a causa com o mesmo fervor do seu movimento religioso da Paróquia de São Cristóvão.
Atualmente o poeta faz de tudo um pouco na Associação Guardiões e sua presença tornou-se indispensável nas mínimas e máximas manobras dos amigos ambientalistas.
Ao ingressar nas fileiras da AGRIPA, o mateiro, cozinheiro, compositor, cantor, declamador, pescador, aboiador, conseguiu projetar-se ainda mais pelo território alagoano. Cícero Barbosa é tudo isso, mas acima de tudo, FERREIRINHA UM POETA HABILIDOSO.

NOVOS SÓCIOS E VISITAS DA AGRIPA Clerisvaldo B. Chagas, 5 de fevereiro de 2014 Crônica Nº 1135 NILMA FRANÇA (AÇÃO SOCIAL) RECE...

NOVOS SÓCIOS E VISITAS DA AGRIPA



NOVOS SÓCIOS E VISITAS DA AGRIPA
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de fevereiro de 2014
Crônica Nº 1135

NILMA FRANÇA (AÇÃO SOCIAL) RECEBE OS GUARDIÕES CLERISVALDO E SÉRGIO. Foto/Assessoria Agripa.
Reunida em sessão extraordinária na última segunda-feira, a Associação Guardiões do rio Ipanema ─ AGRIPA, preparou-se para participar da Jornada Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, cuja palestra ficou para a próxima terça-feira. Agradecida pelo honroso convite feito por aquela Secretaria, a AGRIPA fica satisfeita pelo primeiro grande exemplo social santanense de apoio sobre o resgate do rio Ipanema e seus afluentes, um dos temas que será trabalhado pelas escolas durante o ano de 2014. A Associação irá enviar dos seus quadros os professores Marcello Fausto, Maria Vilma de Lima, Clerisvaldo Braga das Chagas e o conhecedor empírico da flora medicinal do rio Ipanema, cantor Ferreirinha. Os três primeiros, especialista em Geo-História, estarão ali muito mais como guardiões de que como professores.
JOSINALDO SOARES (ASSOCIAÇÃO COMERCIAL) OUVE CLERISVALDO, CÍCERO FERREIRA E SÉRGIO CAMPOS. Foto: Assessoria/Agripa.
Durante a Ordem do Dia, novos candidatos a sócio da AGRIPA foram apresentados pelos seus respectivos “padrinhos”. O plenário discutiu, votou e aprovou o ingresso dos seguintes aspirantes: Antônio Manoel da Silva, Maria Lúcia Barbosa, Luiz Carlos dos Santos e o conhecido poeta Charles.
COMO OS OUTROS, ADENILSON (SECRETÁRIO DE OBRAS) PROMETE APOIO IRRESTRITO. Foto: Assessoria/Agripa.
Ontem, terça-feira, uma comissão da AGRIPA, formada pelos guardiões Sérgio Soares Campos, Clerisvaldo Braga das Chagas e Cícero Ferreira Barbosa, foram designados para efetuar algumas visitas de cortesia aos órgãos públicos e sociais visando o encontro com as autoridades que ficou para o mês de março. Após o encontro, definido as estratégias, toda a sociedade irá participar sobre o resgate do rio Ipanema e seus afluentes, cuja manutenção após, será contínua. Todos os problemas do rio virão à tona como construção avançada, pocilgas e estábulos, lixo doméstico e comercial, entulhos, cercas no leito e avançadas, esgotos, fossas, óleo combustível e extração de areia.
É bom aguardar o que vem por aí. E quem estiver errado no rio Ipanema, é melhor colocar as barbas de molho. Rio e riachos limpos, cidade ecologicamente correta, tolerância zero e melhor qualidade de vida, assim espera há bastante tempo, o santanense.




ESCRITOR NÃO É DE FERRO Clerisvaldo B. Chagas, 4 de fevereiro de 2014. Crônica Nº 1134 Foto: (Blogdomadeira) Todo mundo tem ...

ESCRITOR NÃO É DE FERRO


ESCRITOR NÃO É DE FERRO
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de fevereiro de 2014.
Crônica Nº 1134

Foto: (Blogdomadeira)
Todo mundo tem seus momentos de solidão, lembranças fortes do passado e melancolia. Sendo poeta ou com veia romântica, muito mais, como dizia o repentista Zezinho da Divisão: Todo poeta é sistemático. Então vêm aqueles momentos em que você canta no banheiro, escolhe um CD com música que lhe marcou, lembra até de acender um cigarro e sonhar ouvindo as suas prediletas. Quantas e quantas vezes a insônia toca em nossos nervos e coração! E lá dentro das horas mortas, enquanto os da casa dormem, vamos conversando com ela, a insônia, com cigarro ou sem cigarro no cinzeiro. Lá na geladeira escolhe-se a cerveja que está no ponto, o copo especial e, ouve-se o clique do abridor que acompanha uma dor-de-cotovelo dos anos 60. A cabeça vai à janela inspecionar o tempo, ver o quarto da lua, o desenho das nuvens, o reluzir das estrelas na madrugada. A música roda espremendo o coração, os olhos enchem-se d’água e uma saudade amarga e doce invade a alma.
Foi numa hora dessas que resolvi selecionar as 12 músicas preferidas, diante dessa zoadeira que tocam hoje, sem letra, sem melodia, sem inspiração, somente à base do barulho. Uma vez gravado o meu CD das 12 favoritas, para preencher as horas acima, distribuirei para os amigos mais chegados. Quase todas são músicas de serestas cantadas em Santana por mestres e mestras como Juca Alfaiate, Linda, Omir, Miguel Chagas, Cícero de Mariquinha e outras conhecidas feras santanenses. Vamos adiantar o CD: A PÉROLA E O RUBI, Cauby Peixoto; ABANDONO, Altemar Dutra; AI QUE SAUDADE DE OCÊ, Elba Ramalho; EU NUNCA MAIS VOU TE ESQUECER, Moacir Franco; LAMA, Núbia Lafayete; NINGUÉM CHORA POR MIM, Moacir Franco; NOITE DE INSÔNIA, Nelson Gonçalves; PENSANDO EM TI, Nelson Gonçalves; PERFUME DE GARDÊNIA, Waldick Soriano; RISQUE, Nelson Gonçalves ou Linda Batista; TARECO E MARIOLA, Flávio José; e VINGANÇA, Lupicínio Rodrigues.
O amigo curte essas coisas? Quer um CD? Desculpe aí, compadre, mas ESCRITOR NÃO É DE FERRO.