PELAS RUAS DE MACEIÓ Clerisvaldo B. Chagas, 21 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.785 Pelas ruas ...

PELAS RUAS DE MACEIÓ

PELAS RUAS DE MACEIÓ
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.785

Pelas ruas de Maceió. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas).
Final de semana em Maceió, dia primaveril agradável e nublado, nos anima a uma incursão pelo Comércio. Vamos aproveitando a obrigação para cair na devoção e dá uma espiada geral no “Paraíso das Águas”. Apesar da beleza da manhã, as nuvens fechadas vão tampando o calor no chamado Efeito Estufa. E lá vamos nós misturados ao trânsito intenso, à multidão tal formigueiro imparável de loja em loja. Ruas cheias de gente e casas comerciais lotadas, não encontramos a crise que o povo fala. E se o povo fala, mas o dinheiro não. Lojas decoradas para o Natal, a figura do Papai Noel em evidência, caixas danados recebendo células novas e passando troco. Ladainhas de todos os tipos de ambulantes e propagandistas de dinheiro fácil.
A criatividade vestida de palhaço aguardava clientes numa esquina. O deficiente toma conta da rua na mendicância com um ganzá estranho. Um barulho das seiscentas pestes, sem regras, sem ética, sem decibéis. Mulheres discutem os atrasos dos ônibus. A dandoca de sombrinha conta as últimas aventuras do pastor da sua igreja. Um camarada mente que só a bexiga para vender balas doces. O negrão amassa a negrona no fundo da barraca e, nós vamos procurando o melhor ângulo da fotografia. “Valha-me Deus, mulezinha, perdi uma nota de cinquenta, a senhora não viu?”. Aproveitamos para procurar pequeno objeto, mas dizem que só se encontra essas coisas na casa do chinês. E agora não é somente uma casa de chinês, eles tomam conta do comércio de bugigangas na capital. Não senhor. Não adiante pedir desconto em nada. Chinês tem palavra de inglês, não negocia, impõe.
Bem, de qualquer maneira, já consegui resolver duas coisas importantes da missão Maceió. Agora é deixar tanta balbúrdia recolher a atividade de rua e bater em retirada. Amanhã estaremos em audiência com famoso cantor e compositor. Uma atividade paralela dos escritos, desconhecida para nós, mas quem sabe! A vida sempre nos indica novos caminhos... Fui.

 

CONSCIÊNCIA NEGRA Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2017 Escritor Símbo lo de Sertão Alagoano Crônica 1.784   Hoje é o D...

CONSCIÊNCIA NEGRA

CONSCIÊNCIA NEGRA

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2017

Escritor Símbolo de Sertão Alagoano

Crônica 1.784

 

Hoje é o Dia da Consciência Negra. Ele foi instituído no dia 9 de janeiro de 2013 pelo projeto Lei n.0 10.639, mas somente em 2011 a lei foi sancionada (Lei 12.519/2011) pela presidente Dilma Rousseff. O dia é comemorado em todo o território nacional e foi escolhido por ter sido o dia da morte do líder negro Zumbi que lutou contra a escravidão no Brasil. Esta celebração relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Os inúmeros eventos sobre o tema espalhados pelo País, são importantes para a reflexão dos dias atuais nessa marcha inexorável para o porvir. Esse é um período de diversas atividades e projetos realizados nas escolas para comemorar a luta dos afrodescendentes.

Desde 1532 começou a entrar negros escravos no Brasil, até que aconteceu a lei Eusébio de Queiroz, em 1850, que proibia o tráfico negreiro. Mesmo com a abolição formal da escravidão, em 13 de maio de 1888, essa busca pela verdadeira independência e igualdade, jamais cessou. A Consciência Negra reflete sobre a discriminação e as conquistas na sociedade, no mercado de trabalho. Sendo feriado em alguns estados e ponto facultativo em outros, o que importa é a discussão em diversas entidades, em praça pública, em lugares especiais que levem a humanidade inteira a refletir sobre a igualdade, direito de todos no Planeta.

Em Alagoas a grande concentração dos festejos, acontece no município de União dos Palmares, a 72 km da capital, Maceió. O cimo da serra da Barriga que outrora abrigou o Quilombo dos Palmares e seus combates contra os brancos recebe pessoas do País inteiro e representantes de diversas partes do mundo. Nessa ocasião, muitas escolas levam os seus alunos para passeio e pesquisa sobre os episódios que aconteceram na serra e suas imediações. A data enche de orgulho o peito do alagoano e a vaidade de ter tido um líder no naipe de Zumbi.

                                                                                               

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 









VIVENDO NO EGITO Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.783 EGITO. Imagem: (C...

VIVENDO NO EGITO

VIVENDO NO EGITO
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.783
EGITO. Imagem: (Cultura Mix).
As últimas reportagens da Rede Globo de Televisão sobre o rio Nilo, faz lembrar as velhas aulas sobe o antigo Egito e suas relações com a morte. Os egípcios eram politeístas e consideravam vários deuses, embora três fossem os mais populares: Osíris (deus da vida após a morte); Ísis (sua irmã e esposa) e Hórus, o filho de ambos. Os deuses egípcios apresentavam-se de forma humana. Com forma animal e com forma humana e animal. O mais temido dos deuses era Amon-Rá criador do universo.
Segundo a crença egípcia, toda pessoa, ao morrer, iria para o Tribunal de Osíris. Caso fosse absolvida, a alma poderia voltar para o corpo. Isso fez com que surgisse o processo da mumificação. Após embalsado o corpo, a múmia iria para o sarcófago e para a urna funerária e daí para o túmulo. Conforme o poder aquisitivo da família do morto, muitas coisas poderiam ser deixadas no túmulo como joias, armas e alimentos.
Em 1922, o arqueólogo inglês Howard Carter, encontrou intacto o túmulo de Tutancâmon. Foi um espanto para o mundo da época quando o pesquisador fez a divulgação do que foi encontrado. Havia mais de cinco mil peças como cadeiras, carros, armas, barcos, armários, poltronas, colares, estátuas, aparelhos de mesa.

Isso faz refletir sobre a religião antiga naquela área, mas também mostra os costumes do cotidiano na remota civilização. As discussões religiosas e o fanatismo extremista não dão sossego ao planeta e continuam vivos como nunca. Quem quiser pode até pensar em dezenas de deuses que regem o mundo e até milhões deles como mentores particulares de cada pessoa. E se o Egito imaginava seus deuses de forma humana, em forma humana e animal e de forma animal, talvez até fossem mais felizes de que nós. É que a humanidade parece duvidar qual o Deus Único e Verdadeiro e se ele existe de verdade; mas os demônios em forma de gente estão aparecendo na televisão e nas notícias do nosso dia a dia, praticando as coisas mais absurdos neste mundo entre a civilização e a barbárie.