ENTRANDO NA CANJICA Clerisvaldo B. Chagas, 21 de junho de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.719 Hoje tem início ...

 

ENTRANDO NA CANJICA

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.719


Hoje tem início oficialmente o inverno no hemisfério Sul. Para nós, alagoanos, continua o período chuvoso iniciado em maio até a primeira quinzena de agosto. Nesse contexto estão Alagoas, Pernambuco e Sergipe, tudo igual em relação ao tempo. Mas como os climas da Terra estão em nova formação, não sabemos se a tradição será mantida. Choveu todo mês de maio e continua pelo mês de junho. Muita chuva, muito frio, com a vantagem em ser a chuva mansa em nossa região. As pingadeiras e chamadas garoas já encheram barreiros, lagoas açudes e até mesmo a represa recém construída do riacho João Gomes. Não sabemos o futuro, mas essa fase junina nos permite provar, provar e provar as delícias típicas da culinária, notadamente, pamonha, canjica e bolo de milho.

O mês de julho é o mês mais chuvoso do nosso chamado inverno, todavia não sabemos se ele ainda será o campeão ou o perdedor. Mas aqui temos festa em cima de festa, amigo. Encerrou a de Santo Antônio, vem a de São João, depois a de São Pedro e o cordão da alegria entra “pocando” no mês de julho com a Festa da Juventude e em seguida a da Padroeira Senhora Santana. Aliás, dizem que os festejos do mês seguinte já foram divulgados e as coisas vão acontecendo normalmente. Já tem cabra esperto dando polimento em carro de boi e limpando os acessórios que enfeitam as parelhas, para a procissão dos carreiros que abre a Festa de Senhora Santana. E mais uma vez a atração iniciará no Parque de Exposição Isaías Vieira Rego com missa solene.

E assim segue o nosso Sertão nordestino sofredor e festeiro o ano todo. Ainda aguardamos para o mês a grande festa do padre Cícero, na Pedra, em Dois Riachos e as visitas turísticas e fanáticas dos admiradores de cangaceiros à Grota dos Angicos a partir de Piranhas ou Pão de Açúcar. Mês de julho, mesmo com frieza e possíveis chuvas, promete. Os nossos sertões já possuem asfalto por todas as malocas, o que facilita as coisas para quem gosta de viajar, conhecer... Participar. Por todos os lugares existem bons restaurantes e posadas. Bebida alcoólica para quem gosta, parece brotar da terra e muitas quadrilhas já estão organizadas e dançando sem ferrugens nas juntas. Andar pelo Sertão faz bem à saúde, meu senhor e minha senhora.

Vamos gastar o dinheiro amofambado!

NEBLINA EM SANTANA (FOTO: GRACILDA FREITAS)

 

  ACREDITE SE QUISER   Clerisvaldo B. Chagas, 20 de junho de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.718   A surpresa ...

 

ACREDITE SE QUISER

 Clerisvaldo B. Chagas, 20 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.718

 



A surpresa do ano aconteceu em Santana do Ipanema. Poucos dias após a construção da barragem ou represa no riacho João Gomes – a maior obra hídrica do município que para muitos levariam vários anos para encher – encheu em poucos dias após o final das obras e encheu tanto que sangrou. E se na sexta falamos do mar da Ponta Verde, de Maceió, hoje falaremos do mar formado pelo riacho João Gomes. A represa feita com engenharia neste governo da prefeita Christiane Bulhões, fica localizada no curso médio/superior do riacho que escorre contornando a cidade numa distância de 3 Km vindo das bandas de Senador Rui Palmeira, cortando a Al-120 abaixo da Santana, na mesma distância e, despejando no rio Ipanema no sítio Barra do João Gomes muito abaixo da cidade.

A represa na localização acima, fica na antiga travessia do riacho no sítio do mesmo nome na região cabeça de chave Olho d’Água do Amaro.  Recebe no início da represa os riachos Da Onça e Remetedeira vindos da serra da Remetedeira. E riachos alimentados por córregos de serras, são rápidos e violentos nas suas enchentes. Sem dúvida nenhuma a represa será um local de visitas, formando um quarteto turístico com a serra Aguda (onde será construída a maior imagem sacra do mundo), a ermida das Tocaias   e a Reserva Tocaia, todos esses pontos de atrações com distâncias mínimas um dos outros, facilitando praticidade aos visitantes, turistas, romeiros, curiosos, pesquisadores e habitantes em geral. Além do turismo, virão os benefícios da pesca, da irrigação, da facilidade para caminhão-pipa, bebida para os rebanhos domésticos, para os animais selvagens e para os humanos.

Como chegar à represa? É simples, estando no centro de Santana, atravessa a ponte sobre o rio Ipanema, no Comércio, vai em direção ao Bairro Floresta e segue direto pela Rua Joel Marques; no final entra à direita por estrada de terra e segue beirando as faldas da serra Aguda por apenas três quilômetros e se verá diante da Represa do João Gomes. Do outro lado da represa está a grande região rural de Olho d’Água do Amaro e seus inúmeros sítios no entorno.

REPRESA DO JOÃO GOMES E SEU VERTEDOURO (FOTOS: ÂNGELO RODRIGUES)

 

 

  MARCO DOS CORAIS Clerisvaldo B. Chagas, 17 de junho de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.717   Não bastasse ta...

 

MARCO DOS CORAIS

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.717

 


Não bastasse tanta beleza na capital Maceió, eleita várias vezes como a cidade mais bonita do Brasil, novo ponto turístico deslumbra nativos e turistas. Trata-se do Marco dos Corais construído sobre as ruínas do antigo Clube Alagoinha que adentrava pelo mar. Sai de cena o velho Gogó da Ema, os Sete Coqueiros, referências obrigatórias do passado, para darem lugar ao moderno, ao avançado, eliminando a feiura das ruínas de um dos pontos mais queridos da capital. Narrada a beleza por grande número de visitantes, bate o orgulho no peito alagoano por esse novíssimo cartão postal do Paraíso das Águas. Sentimos muito pela nossa ausência durante a inauguração, mas também estamos felizes por esse novo espaço de sofisticação, bom gosto e visual premiado da geografia marítima da nossa orla.

A plataforma do Marco dos Corais, ficou muito bonita com seus toques ajardinados, assentos, verdes e muito espaço como costumam fazer os europeus. Muito importante o espaço onde os pedestres passeiam tranquilos com família e animais de estimação. Espaço de folga onde todos fotografam tudo e passam momentos incríveis apreciando não somente o mar, a terra mais distante, mas também a própria arquitetura. Em tudo que conseguimos capturar não conseguimos a famosa placa de inauguração, muita procurada por turistas e pesquisadores. Está aí o embelezamento utilitário e investimento robusto no turismo.  O Marco dos Corais passa a ser o início ou o final de pesquisas oceânicas, corais, arrecifes, falésias e muitas outras formações que enriquecem nosso litoral.

A criatividade costeira pode servir à inspiração interiorana onde não existe mar, mas existe orla de rio, riacho, lagoa e açudes onde obras semelhantes de bom gosto poderiam fazer sucesso como réplicas e bastante imaginação. Cumpre cada administrador embelezar sua cidade e não ficar em último lugar na classificação de beleza, bem estar e obras úteis para nativos e visitantes. Sim, é possível se construir em todos os lugares obras utilitária, belas e arrojadas que forçam para cima o bom astral dos seus habitantes e os abraços benfazejos dos de fora.

NOVO PONTO TURÍSTICO DE MACEIÓ (FOTO DIVULGAÇÃO)