DEFININDO OS FENÔMENOS Clerisvaldo B. Chagas, 11 de julho de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.731 Vamos aproveitando ...

 

DEFININDO OS FENÔMENOS

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de julho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.731



Vamos aproveitando o tempo invernoso cheio de manifestações atmosféricas para entendermos o que é neve, granizo neblina ou nevoeiro e geada. O engano sobre eles é costumeiro.

Você pode dizer: está caindo neve, porque ela vem de cima. Isso corresponde a precipitação do vapor d’água sob a forma de cristais de gelo, que se aglomeram produzindo flocos de neve. Nos níveis em que a nuvem tem origem a temperatura situa-se obrigatoriamente abaixo do ponto de congelamento: 10 graus.

O granizo a que chamamos também pedra de gelo (choveu pedra) provem da precipitação do vapor d’água contido nas nuvens que, caindo em forma de pequenas gotas, em contato com uma camada de ar mais fria, acabam por se congelar.

Deu para notar a diferença?

A neblina, também chamada nevoeiro, corresponde a uma formação de nuvens pouco espessas, próximas da superfície, provocadas pelo resfriamento e condensação do ar úmido, também próximo da superfície. Ela ocorre normalmente em noites claras, de céu límpido, sobretudo no inverno e no outono. O solo, perdendo calor rapidamente provoca o resfriamento do ar das camadas contíguas à superfície, e a umidade condensada aparece sob forma de nevoeiro, que tende a acumular-se nos vales e nas planícies, porque o ar frio, sendo mais pesado, geralmente se concentra nas partes baixas do relevo. Fenômeno muito comum em nossa região, mas, geralmente não entendido.

Pulando a pauta: Lampião tinha importante cabra no bando, chamado Nevoeiro.

Orvalho, aparece quando o ar, durante à noite resfria-se abaixo do ponto de saturação. Esta forma de condensação ocorre muito próximo da superfície e pode ser observada nas plantas e nos objetos ao amanhecer. Quando, porém, a condensação ocorre com temperaturas inferiores a zero grau, surge a geada, representada pela formação de uma camada fina de gelo sobre a vegetação e outros objetos. Ao contrário da neve, você não diz: está caindo geada porque ela não vem do alto. Nós, sertanejos, chamamos a condensação da noite de sereno e a do amanhecer de orvalho.

E se você quiser medir a quantidade de chuva que caiu no quintal da sua casa, mede em um aparelho chamado pluviômetro e que pode ser feito até com garrafa pet.

Esperamos que tenha gostado.

Texto baseado em Elian Alabi Lucci.

NEBLINA EM SANTANA DO IPANEMA (FOTO: CLEMILDA/ARQUIVO)

  BANQUISAS Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.730     Com esses alertas da m...

 

BANQUISAS

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.730

 

 Com esses alertas da marinha de ventos e ressecas no mar de Maceió, recordamos que a diferença entre oceano e mar é que o Oceano é toda a massa de água salgada e o mar representa apenas uma parte do Oceano, a parte que fica perto da praia até onde nossa vista alcança.

“Durante o inverno grandes massas de águas superficiais dos mares próximos aos polos se congelam.

 As camadas e gelo formadas nessas regiões alcançam quilômetros de espessuras e vário quilômetros de extensão.

 Estes gelos polares, constituídos por grandes placas ao se unirem cobrindo grandes extensões dos oceanos e mares, denominam-se Banquisas.

Com a chegada do verão, a banquisa polar se funde, e grandes massas de gelo são arrastadas pelas correntes marítimas até os mares de latitudes médias.

“Esses blocos de gelo, entretanto, não devem ser confundidos com os icebergs, que constituem grandes blocos de gelo de água doce, desprendidos dos glaciares. Sua origem é, portanto, terrestre, e suas dimensões são enormes, aparecendo sobre o nível das águas apenas uma pequena parte do seu conteúdo”.

Mas não somente estão aparecendo muitas novidades descobertas pela Ciência nas regiões polares, mas sim também no mundo inteiro. Apesar de países como Estados Unidos, China e outros mais, focarem suas descobertas no espaço, cientistas surpreendem cada vez mais com novas descobertas nos mares, nos oceanos e mesmo nos mais áridos desertos do globo. Mas existe um problema arraigado no Brasil: a falta do gosto pela leitura e que muitas vezes impede o crescimento em diversos setores do jovem que deveria ser um grande competidor em todos os sentidos da vida.

Mas como hoje falamos dos mares gelados, vai minha lembrança e homenagem ao professor Douglas Apratto e suas belíssimas aulas despertando as nossas curiosidades no antigo Colégio Guido, de Maceió

Regiões geladas e professor quente, também são coisas da Natureza.

BANQUISAS (FOTO: GOOGLE).

 

  PONTE MOLHADA Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.729   Para os construtore...

 

PONTE MOLHADA

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.729

 



Para os construtores, ponte molhada é uma passagem baixa feita de cimento, para lugares de travessias e riachos. Se um tronco de árvore deitado serve para se atravessar uma vala, um riacho, é chamado do triste nome de pinguela, pois a passagem molhada é um pouco melhor do que a pinguela. Só serve mesmo para o verão quando os riachos estão secos porque evitam a passagem dos transeuntes por cima da areia. No inverno, as cheias, como agora, cobrem até pontes de verdade quanto mais essas invenções ridículas do tempo em que prefeituras viviam na “pindaíba”. Ora! Os riachos não estão respeitando nem pontes de concreto quanto mais pinguelas e passagens molhadas! Mas, por que hoje as prefeituras do Brasil – nadando em dinheiro – não constroem pontes de vergonha!?

Lembro de uma presepada dessa bem no Centro Comercial de Caruaru alguns anos atrás. O Poço das Trincheiras tem uma sobre o rio Ipanema, inclusive com passagem para o povoado Quandu, mas que agora, com a pista asfáltica que deverá acontecer por esses dias, vem junto uma ponte de verdade. Quem não lembra da antiga “pinguela” para o Colégio Estadual, em Santana do Ipanema? Um sufoco! Foi sendo melhorada devagar e também passou pelo triste estágio de passagem molhada, mas terminou em ponte bonita e de verdade construída pelo saudoso prefeito Isnaldo Bulhões. Porém Santana ainda resiste com duas antigas dores de dente: uma sobre o rio Ipanema, que é do início de Santana/cidade e a outra no Bairro Artur Morais, um “cala-boca” de gestão do tempo dos arranjos.

Há muito, baseadas em suas florestas (matéria-prima), o que mais existe nas Regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil são pinguelas e pontes de madeira, outra desgraça que não mais se coadunam com os tempos modernos do Século XXI. E aqui no estado de Alagoas, mesmo, temos muitas pontes de concreto, muito baixas, estreitas, de épocas em que um automóvel na rua era novidade. Serviram bem naqueles tempos e, agora, “esquecidas” pelo poder público, estão facilmente em ações de mergulhos nas cheias deste inverno, basta viajar de Santana a Maceió e você verá. Esperamos que as coisas melhorem em nosso País.

Oxente!

PONTE MOLHADA (FOTO: PREFEITURA DO POÇO DAS TRINCHEIRAS/DIVULGAÇÃO).