O HOMEM
ENDOIDOU O TEMPO
Clerisvaldo B.
Chagas, 24 de maio de 2016
Crônica
Nº 1.517
POLUIÇÃO NA CHINA. Foto (Osul.com). |
A constante poluição
da Terra, principalmente pelas grandes potências, mexeu com todo o planeta. Os
efeitos nocivos representados pelas ações humanas, vão se fazendo sentir desde
as metrópoles às pequenas vilas do interior e os campos. Está certo que duas
correntes contrárias culpam o homem e culpam à própria Natureza. Mas, mesmo que
a Natureza venha completando ou iniciando um novo ciclo, o que importa ao terráqueo
é fazer a sua parte. Todavia, como o ser humano é um destruidor nato, difícil é
não se cumprir profecias e previsões pessimistas.
Choveu bem em Santana
do Ipanema, Sertão de Alagoas, ontem à noite. Ora apenas pingadeira sem parar,
ora o chamado “toró”, que até arrastaram alguns trovões. Mas hoje o céu não
tinha uma nuvem, compadre. E a gente se fica perguntando onde está o nosso
chamado inverno que se perde nas previsões do tempo dos de Alagoas e dos de
fora.
O outono-inverno,
fase típica tão esperada nos campos, já não é a mesma do passado. Ninguém
acerta mais nada. E se acerta é por pura coincidência.
Estamos às vésperas
do São João, a maior festa nordestina. O mais aguardado de todos é o milho que
preenche toda a literatura junina. Mas, onde está o milho? Temos um estado que
há muito não é autossuficiente e o milho do São João vem das bandas irrigadas
de Sergipe. No São João nunca nos faltou o produto, entretanto, não é nosso.
Caso se salve o que foi plantado no dia de São José, ainda, ainda.
É a ação devastadora da
poluição mudando o clima, endoidando o tempo e fazendo meteorologistas pela
metade. E lá se vão as nossas mais simples tradições engolidas pela incoerência
e falta de compromisso com a Natureza.
Ê mundo véi sem porteira
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