quarta-feira, 14 de setembro de 2022

 

CHEGOU O SOL

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de setembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.777


Agora podemos contar de certo, depois de vê de perto, como diz o nosso povo sertanejo nordestino. Deu início à época ensolarada, a partir do dia onze passado aqui por essas bandas da caatinga. Boas e mansas chuvas têm chegado a este chão desde o mês de maio; direto, dia e noite “como cantiga de grilo”, trazendo fartura, mas também muita frieza, mofo e recolhimento em casa por conta da variação 18, 19 graus centígrados. Nada disso, porém, evitou, os festejos regionais em todos os níveis. Festa de santo, festa de gado, festas sociais, festas políticas... Poucas foram incomodadas pelo tempo na vontade de brincar, homenagear, se divertir.  Na verdade, o Sertão tem suas lutas, seus sofrimentos, suas agruras, mas é uma terra festeira, otimista, de fé testada e aprovada.

Os momentos são atípicos, não só no Brasil, mas em solo de resistências centenárias onde vaqueiro e mandacaru representam os combates diários pela sobrevivência. Pandemia prolongada, frio intenso, infindável inverno e política nacional que, assim como o inverno parece não ter fim. Mal saímos de uma Independência Nacional, entraremos amanhã numa independência alagoana que não deixa de ter custado sangue na História do Brasil. Final de inverno nas Alagoas, liberdade a ser comemorada na serra da Barriga em reduto palmarino. O que precisamos agora é lutar para deixarmos o mapa da fome que faz liderar o estado no prato vazio como diz pesquisa divulgada.

A bonança do tempo físico não é igual a bonança econômica do País. O desemprego se alastra por todos os recantos e não fica nenhuma das Cinco Grandes Regiões fora do mapa da fome. Esse é o resultado do inconformismo e da vaidade daqueles cabeças que derrubaram a nossa Presidenta com ciúme, ódio e ambição. Eu bem dizia na época citando episódio francês: “Depois de mim o dilúvio” e foi o que a presidenta repetiu comigo com outras palavras. Não vai ser fácil reconstruir esse País após quatro anos de destruição total. Passamos por uma Segunda Grande Guerra sem canhões, mas o resultado está aí no mapa que foi divulgado em que Alagoas e Amapá lideram a corrida da fome. Imaginem se Nosso Senhor Jesus Cristo não gostasse tanto do Brasil e ele (o Brasil) não fosse escolhido pelo filho de Deus para governar o mundo futuro e breve. Palavras dos grandes sensitivos e espíritas de responsabilidade. VIGIAR E ORAR.

 


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