SERÁ O BENEDITO!
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de junho de 2011.
Esse negócio de Brasil no Conselho Permanente da ONU vai apertando cada vez mais, cingindo o pescoço dos donos da Organização das Nações Unidas. Isso é como aqui mesmo em Alagoas, Santana do Ipanema e Nordeste brasileiro. O sujeito passa um tempo em certo estabelecimento público ou misto, vai se acostumando ali e daqui a pouco é o mandachuva, o reizinho, o dono do prédio, das coisas, das pessoas que ali trabalham. Pensando sempre que o povo é besta, ali se arrancha a semelhança de ninho de casaca-de-couro; dali enrica vertiginosamente, acha pouco e aprecia ser homenageado, saindo-se como herói. Ai de quem falar! Contar o segredo é ser marginalizado socialmente, por que esse tipo de mafioso também é tremendamente nocivo à sociedade média lutadora.
Pois são assim os que, após a segunda guerra, desenharam a ONU a seu modo. Ela é de todos, mas não é. Quem manda mesmo na Organização, pasmem, são aquelas mesmas potências cheias de interesses egoístas e suas geopolíticas de interesses dominantes, assim como moça bonita não suporta outra mais bela em seu espaço. Banco Mundial, FMI, são procedentes em todas as saliências onde mãos poderosas podem alcançar. Mas como nada é eterno nesse mundo e, a roda grande começa a passar por dentro da pequena, vai se avolumando a pressão sobre a carcomida ONU, por falta de oxigenação. O simples toque no assunto vai deixando arrepiada os eternos protetores do clube fechado assim como era com o tal G-8 que vive de roupa esfarrapada. Quem perde o crédito perde tudo. E o G-8 levado ao canto da parede de concreto pelas novas forças do mundo, abriu a porta de bronze pelo menos para o G-20, o que ainda é pouco.
À medida que o assunto tabu vai rompendo o dique da resistência, frases a respeito vão surgindo, pipocando aqui e ali, a ponto de ser iniciativa de conversas mais públicas dos seus mandões. Como seu antecessor que veio ao Brasil, foi assim que chegou o Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Joseph Deiss, nessa segunda (20) para reunião com a presidenta Dilma. Reconhece o senhor Deiss que a ONU não representa mais a realidade de hoje. É preciso preencher vazios que contemplem a América Latina, África e Ásia. Sobre as Américas, os Estados Unidos não querem outro galo em seu terreiro. Pelo continente africano, é a própria UE que recusa a pobreza no poder. E especulando pela parte asiática, a China fecha a cara para a concorrência.
Os problemas do mundo são as questões locais ampliadas. Os donos daqui são como os donos de lá; os “manés” daqui são como os “manés” de lá, escritos assim mesmo como letra de samba carioca. E se o mandão diz que “faz dezoito anos que se discute isso”, achamos que a discussão já atingiu a maioridade. Já pode ser presa e processada, ora bananas! Pois abram alas, velharias, que o Brasil pede passagem com Lampião, padre Cícero, Zumbi, Dilma Rousseff ou Chico Xavier. Índio quer assento na ONU, Já! SERÁ O BENEDITO!
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