ALGUEM SOLTOU O CÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de outubro de 2011
Nas praças, os constantes dali vão comentando a boca miúda, quem são os possíveis bandidos que metem medo à pulação indefesa. Mas ninguém prova nada. Ninguém quer compromisso cidadão. E se os marginais acertaram à casa do seu desafeto, ainda existe o disfarçado prazer no comentário. O nervosismo geral é justamente pela grande sensação de impunidade. Quando a noite vai se aproximando, as primeiras lâmpadas acesas parecem cutucar o medo com vara curta. Alguns comerciários já estão treinando o assalto sem desmaios. Outros praticam a caminhada para uma oportunidade de descuido na hora do pega. Os transeuntes se perguntam como chegamos a esse ponto. Parece até que toda a juventude virou bandido. Será que ninguém quer mais trabalhar? Uns falam que são as influências das drogas; outros dizem que são os exemplos da televisão e outros ainda apontam a miséria como fonte principal. Seja qual for o motivo, todos estão acuados com essa bandidagem que parece não ter fim. É de se acreditar que os anjos estão amarrados e que ALGUÉM SOLTOU O CÃO.
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