LARGURAS ALCANÇÁVEIS
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de junho de 2013.
Crônica Nº 1026
PRESIDENTA DILMA. Foto: (Presidência). |
Com a reeleição, no Equador, de Rafael Correa,
prolongam-se as investigações nas brechas da democracia, em busca da
perpetuação do poder. Dilma telefona para Correa e almeja sucesso para o
indivíduo. Rafael foi reeleito com suas artimanhas chavistas e novamente governará o seu
país. Dilma não compareceu à posse do homem, alegando que
estava na Etiópia, onde participava da Cúpula da União Africana. Na troca de
gentilezas, o presidente do Equador afirma a Dilma que aquele país está se
preparando para ingressar plenamente no MERCOSUL. Dilma teria respondido que o
Equador será bem-vindo. O bloco foi formado, inicialmente por Brasil, Uruguai,
Paraguai e Argentina, aumentando com a adesão da Venezuela. Atualmente, como membros
associados, fazem parte ainda o próprio Equador, Bolívia, Chile, Peru e Colômbia.
A perspectiva é que com o tempo e a entrada da Venezuela, os associados
transformem-se também em sócios plenos. Equador é o menor país da região andina, chamariz para o turismo; juntamente com o Chile não se limita com o Brasil
e parecia viver olhando para o Pacífico enquanto o Brasil olhava para o
Atlântico.
Devagar, mas procurando um destino comum (pois somente a
união faz a força), os países da América do Sul, vão entendendo essa nova
versão para enfrentar a forte concorrência mundial.
O Equador possui imensas belezas naturais entre
serras, planícies e platôs, além da cultura indígena, arquitetura colonial,
vulcões e florestas. Sua economia começa com o petróleo, porém, possui
indústrias de barcos, têxteis, alimentos, metal, produtos químicos e plástico.
Olhando para a agricultura é produtor de café, cacau, cevada, mandioca, arroz,
trigo, banana e cana-de-açúcar. O Equador ainda extrai o cobre e fabrica
material de construção. Quem quiser pode pesquisar a arte indígena em museus e
igrejas ou visitar as distantes Ilhas Galápagos que ficaram famosas no mundo,
por causa dos animais exóticos, frutos do isolamento.
Esse é apenas um ligeiro carimbo do Equador que ao se
enquadrar no MERCOSUL, dará inúmeras oportunidades para o turismo de brasileiros
naquele território. O lado político da América do Sul, ”caudilhismo”, ditaduras
militares e “narcisismo”, poderão ser rompidos com o tempo. Não existe outra saída
diante das informações abertas do planeta interligado. Um bloco com todos os
países da América do Sul (12) poderia ser um gigante sonhado por muitos
idealistas. Dizem os sertanejos: “Para
frente é que se anda”. Que desçam sobre nós os bons ventos meridionais de
LARGURAS ALCANÇÁVEIS.
* O autor também é professor especialista em Geo-História.
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