DIA DO TRABALHADOR
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de maio de 2012.
Muito bom o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, ontem à noite em cadeia de rádio e televisão. O dia do trabalhador tornou-se um espécie de dia sagrado de luta que de uma maneira ou de outra, mexe com o sentimento do trabalhador de quase o mundo todo. Tudo começou nos movimentos sindicais de Chicago, onde escândalos aconteceram na briga por melhores dias. Três anos após aqueles famosos acontecimentos, houve em 20 de junho de 1889, a segunda Internacional Socialista em Paris. Ela resolveu lutar pela proposta de oito horas de trabalho diário e a data escolhida foi o 1º de maio em homenagem aos trabalhadores e ações acontecidas em Chicago. Daí esse símbolo significativo para os que procuram com o suor do rosto a busca pelo pão de cada dia. Essa ação simbólica se foi expandindo e atualmente encontra-se presente em inúmeros países. Cada lugar que comemora o dia do trabalhador, faz movimentos conforme o estado de ânimo dos participantes daquela ocasião. Quando vitórias e vitórias foram conquistadas, a pauta é festiva o dia inteiro com reuniões, lazer, passeios, espetáculos artísticos e bebedeiras. Se não há conquistas e somente desânimo atropela a alma, os sindicalistas vão às batalhas de reivindicações espelhadas em outros países.
Ontem a presidenta falou como verdadeira estadista. Desde o seu traje sem afetação até o discurso calmo, seguro, bem dirigido e rico em conteúdo, disse ao brasileiro o que ele gostaria de ouvir. Foi abrangente, não deixando escapar nenhum tema relevante, injetando esperança para uma nação jovem e cheia de sonhos. Estavam ali a saúde, educação, juros, desenvolvimento, emprego, qualidade de vida, que iam desfilando nas palavras da boa vontade pela nação física e social da presidenta. Suas decisões austeras dão credibilidade a seu discurso que verdadeiramente superou em muito o vazio irritante das mesmices do horarío político dos partidos na televisão.
Hoje vamos aproveitar a data que desaponta patrões. Nada melhor de que comemorar alguma coisa, nem que seja, como dizem os viciados, aniversário de boneca. Se não vai à praça gritar pelos direitos, vamos à redinha cabocla debaixo dos pés de paus, sob as varandas que abrigam os guerreiros ou por baixo das sombrinhas de praia que esperam por você. Mas, se somente a faxina caseira lhe aguarda ou mesmo a missa revigorante da manhã, vamos em frente. A família precisa de nós, a comunidade precisa de nós, a pátria precisa de nós. Caminhemos, pois, com Deus ao lado, cheios de vitórias, derrotas, lágrimas e frustrações, mas caminhemos que nós somos do presente e do futuro. E se hoje o dia é dos outros, é o meu também, é o DIA DO TRABALHADOR.
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