quinta-feira, 19 de abril de 2018


A SEDE ESTUDANTIL
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.888
 
Palestra na Escola Helena Braga. Foto: (Paulo César).
Ontem (quinta-feira) tive a honra de ministrar palestra na Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, sobre a cidade de Santana do Ipanema. A princípio tive que optar por um dos três ou quatro trabalhos preparados para palestras. A história de Santana, no geral, é longa. Busca-se, então, um compartimento: a criação da cidade em seis blocos e sua expansão. O Rio Ipanema, beleza e dor ou mesmo a história iconográfica, lançamento recente. Resolvemos, pois, pelo último trabalho publicado em que o estudante pode apreciar os vários aspectos da sua terra, através de imagens legendadas e cronológicas. Para nós seria um teste de fogo como primeira apresentação do livro/enciclopédia “230” através de slides e logo diante de uma plateia juvenil bastante exigente. Como havia também um convite de outra escola com o mesmo propósito, achei que o primeiro teste estaria carente de nota.
Minha surpresa foi muito agradável em vê duas turmas normalmente agitadíssimas, comportarem-se como se estivessem diante das histórias da vovozinha. Comprovei no momento a imensa carência da história municipal entre professores e estudantes. O que estava previsto para 50 minutos, esticou-se para 1.hora e 30 minutos, encerrando-se aí apenas porque surgiu na telinha, o nome FIM. O trovão de palmas após a palestra foi caloroso, levando o palestrante à certeza da aprovação IN LOCO de um trabalho suado, guia e amoroso.
Não apenas ministramos palestras (atualmente mediante cachê), mas incentivamos à plateia à pesquisa.  Mas como alguém pode pesquisar alguma coisa sem incentivo? O estudante vibra quando um dia perdido no ano, é convidado para algum passeio, mas que não passa disso. Os professores ou não querem mais trabalho ou não têm condições de pesquisa de campo. E se professor não vai ao campo, por que o aluno iria? E assim morre a história da sua rua, do seu bairro, dos titulares das avenidas e do seu município. Onde estão a Geografia e a História da sua cidade, se não fazem parte do currículo? Dessa maneira vamos gerando analfabetos do próprio lugar.
A estudantada tem sede do Saber, mas quem garante sua água?
Autoridades pensem nisso.







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