quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A BORRACHA E OS PNEUS

A BARRACHA E OS PNEUS
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo de Santana do Ipanema
Crônica 1.798

ESTÁTUA AO SERINGUEIRO. BELTERRA (PA). Foto: (Rodrigo Bertolloto).
O recolhimento de pneus velhos nas cidades, por parte do governo estadual, é digno de louvor. Além de o pneu ser pesadão, serve bem para o mosquito da dengue, entulho e lixo e, praticamente, para nada mais. Entretanto, ainda não entendemos se o recolhimento acontece em todas as cidades alagoanas e se existe um calendário para isso. O pneu velho tornou-se matéria-prima importante para pavimentação.
E por falar em pneu, lembremos os primórdios da borracha no Brasil. Foi a partir dos meados do século XIX que teve início na região Amazônica a extração do látex, matéria-prima para a produção de borracha. A seringueira, árvore da qual se extrai o látex, passou a ser alvo dos exploradores.
O ciclo da borracha no Brasil estava ligado à necessidade de produção para os mercados internacionais. Na época estava sendo iniciada a indústria de pneus e de automóveis norte-americana e europeia.
A extração do látex trouxe grandes mudanças econômicas e sociais. Inúmeros nordestinos migraram para a Amazônia para o trabalho da borracha. As secas prolongadas no Nordeste e as promessas sobre o látex atraíram famílias inteiras para a região da Floresta Equatorial.
O chamado ciclo da borracha teve seu declínio com a exploração de florestas do sudeste da Ásia que tomaram o lugar do Brasil na produção. Muitas famílias retornaram às origens, outras permaneceram no lugar. Modernamente várias comunidades, empresas e órgãos governamentais atuam na Amazônia de acordo com os princípios de desenvolvimento sustentável.
 O apresentado refresca um pouco a memória da história brasileira da borracha, o valor dos pneus, o descarte correto por um órgão credenciado de recolhimento e destino das carcaças.
Estamos ainda atrasados e sem opções no recolhimento não só de pneus, mas também de pilhas e lâmpadas queimadas. O nosso município sempre anda a reboque das medidas ambientais de proteção à Natureza.
Pelo menos, abrem-se os olhos.










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