segunda-feira, 21 de novembro de 2011

TOMARA!

TOMARA!
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de novembro de 2011

Claro que faz gosto apreciarmos a multidão fazendo compras no comércio de Maceió. Não somente pelos movimentos multicores dos transeuntes com suas modas diversificadas e chamativas; mas também pela preparação de cada loja para atrair a clientela em clima natalino. A ideia do calçadão que envolve algumas ruas da capital deixou o centro muito mais bonito e seguro, incentivando os lojistas aos ornamentos e às reformas significativas que foram buscar de volta os fregueses que haviam sumido para as novidades dos centros de compras. Com a revitalização do comércio e o desencanto do preço no luxo dos “shoppings”, Maceió volta a preencher as suas ruas comerciais como antigamente. A beleza dessa nova etapa, ainda caminha junto com os ambulantes que vão ocupando as passagens dos pedestres que se livraram dos veículos, porém, não dos “camelôs”. A poluição sonora ainda é um dos pontos fracos, cujos órgãos responsáveis usam a frase jovem costumeira e descompromissada: “Não tou nem aí! Não tou nem aí!” Rapazes empurram os seus carrinhos de CDs piratas por ruas e becos sem limite sonoro nenhum.
          Adiante é o crente que faz pregação com aparelhos prometendo o céu. Os pedintes que não querem mais gastar a goela diante dos recursos modernos. As lojas que deixam as caixas de som na porta da rua, infernizando os ouvidos dos passantes... Assim, os frequentadores do comércio perdem a tranquilidade necessária, até mesmo a concentração nas compras. Às vezes os órgãos que deveriam tomar conta da paz urbana, parecem repressivos, outras vezes, sumidos de vez, deixando os visitantes da “Cidade Sorriso” a mercê dos hábitos agrestes e chatos de passado recente. Mas, pelo menos no instante o que vale é a satisfação maior de enxergar homens e mulheres gastando seu dinheiro e fazendo planos para o Natal e as diversas festinhas de confraternizações entre família, amigos, colegas de repartição... Presentes mergulhando desde já nas bolsas e pacotes que saem dos estabelecimentos cheios de desenhos, fitas coloridas e outros babados.
          Queremos lembrar, apenas, da prosperidade em que estamos vivendo no Brasil, enquanto nações ricas e tradicionais, infelizmente, vão se aproximando de um Natal de desemprego e incertezas, como na Grécia, Estados Unidos, Itália e Espanha. É aquele costumeiro desequilíbrio entre nações que imitam a velha gangorra, brinquedo traiçoeiro da nossa juventude. E se agora estamos com essa euforia de novembro, apelemos, então, para o Criador que o Natal seja motivo real de confraternização, prosperidade, paz e esperança em um futuro bem melhor para todos. Torna-se muito importante uma corrente geral de pensamentos positivos para manter longe a crise, chamar dinheiro, saúde e amor neste fim de ano. TOMARA!

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