terça-feira, 21 de julho de 2020

ESPAÇO CUMMER


 ESPAÇO CUMMER
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.350

Com o êxito total alcançado na manutenção da Feira da Agricultura Familiar, em Santana do Ipanema, foi lançada uma ideia simples, mas de ótimo efeito gastronômico. Ouvi inúmeras pessoas se convidando para o “Espaço Cummer” e me perguntava na solidão do confinamento, o que tem de tão gostoso nesse espaço criativo? Consultei, então, o Secretário de Agricultura, Meio Ambiente e mais uma porção de coisas, agrônomo Jorge Santana, que me respondeu o seguinte:
O Espaço Cummer é uma referência matuta ao Gourmet. Foi uma iniciativa de Dona Rosa, feirante do sítio Serrote do Bois, quando sugeriu trazer para vender na feira, galinha de capoeira já cozinhada e xerém de milho. Abraçamos a ideia e hoje é um sucesso com cardápio variado: mocotó, sarapatel, galinha de capoeira, acompanhado do melhor xerém de milho bem como cuscuz e arroz diretamente da roça, sabor puramente sertanejo que nos remete aos tempos dos nossos avós”.
Assim o antigo xerém dos tempos idos, volta com tudo no Espaço Cummer, para todos os apreciadores da comida grosseira, forte e deliciosa das roças sertanejas. 
A Feira Camponesa cresce e faz circular o dinheiro nas mãos dos agricultores, na zona rural, no Comércio e nas prestadoras de serviços do município inteiro. Aumenta a renda do homem da roça, oferece produtos de qualidade à população, corta o atravessador que promove alta de preço, além de oferecer um ambiente saudável, camarada e dignamente festivo.
Tudo isso acontece todas às sextas, diante da EMATER e vizinho à Caixa Econômica. A limpeza e a forma como são apresentados os produtos, atrai o cliente para essa agricultura sem veneno. Já vimos por ali produtos especiais para o nosso tempo como banha de porco, ovos de capoeira, mungunzá e mel de abelha. Aliás, a Feira Camponesa, dá um exemplo de organização moderna, desde a padronização das barracas a uma higiene que você raramente vai encontrar na feira tradicional. Esse modelo veio para ficar. O comerciante da feira do sábado que adotá-lo sairá na frente por um comércio mais enxuto, mais robusto e mais confiável.
Sinto ainda não puder provar o xerém com galinha de capoeira de Dona Rosa e fincar os dentes em tantas guloseimas feitas na zona rural.
(FOTOS; JORGE SANTANA)




 


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