segunda-feira, 6 de julho de 2020

VIVA A FEIRA DO PADRE


VIVA A FEIRA DO PADRE
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.339


Foi o padre Francisco José Correia de Albuquerque quem instituiu a feira de Santana do Ipanema em dia de sábado. Assim o milagreiro sacerdote, um dos dois fundadores de Santana, livrava o encontro semanal aos domingos como estava sendo planejado. Natural de Penedo, Alagoas, o padre Francisco era muito respeitado pela sua oratória, previsões e milagres.  Homem semelhante ao padre Cícero Romão Batista que até fora visto pairando sobre as águas. Chamado por todos de “Santo padre Francisquinho”, construiu a capela que deu origem a Matriz de Senhora Santana e a cidade de Santana do Ipanema, em 1787. Muito se tem a dizer sobre esse servo de Deus que não deixou pintura a óleo, nem fotografia.
Mas voltemos à feira. Abençoada para o dia consagrado a Maria Santíssima, a feira teve início com êxito. Progrediu sempre semana a semana, formando verdadeiras multidões no centro da cidade, enquanto um mar de carros de boi aguardava seus donos nas areias encardidas do leito seco do Ipanema. Com os poucos automóveis ou nenhum, os carreiros tinham livre trânsito dentro da própria feira e pegando mercadorias diretamente nos armazéns: arame farpado, querosene, charque, ferramentas e mais. A feira se expandiu por becos, ruas e vielas, tornando-se até mesmo atração nacional no período da Festa do Feijão. Era a feira do sábado que funcionava como termômetro da economia regional.
Muitas coisas aconteceram e a feira do Riacho Grande (atual Senador Rui Palmeira) tornou-se concorrente em tamanho e negócios. Novamente o feijão foi protagonista do progresso dinâmico do semiárido. Devido a intensidade do trânsito e outros fatores, a feira foi encolhendo no seu todo e perdeu espaço nas praças centrais. Os tempos vão fazendo mudanças, mas não sabemos dizer sobre volumes de negócios, se houve diferença financeira com esses novos alocamentos.
Vamos mostrar três flagrantes que caracterizaram o passado uma vez que muito já mostramos do presente.
Vamos beliscar guloseimas na FEIRA DO PADRE?
Vem comigo.


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