BRINCADEIRA SINISTRA
(Clerisvaldo B. Chagas. 23.4.2010)
Meu amigo internauta quer fazer uma brincadeira funesta conosco? Então pegue aí um mapa político do Oriente Médio e o estenda sobre a mesa. Seria assim que nós faríamos na “Esquina do Pecado” em Santana do Ipanema: Clerisvaldo, Zé Lima, Fernando Soares Campos e Arlei do mestre Abel. Explicamos:
Barack Obama está com muita sede na Coréia do Norte, Irã e Venezuela. Sendo a Venezuela a mais fraca, para esse país o perigo é menor, mas é real. Americanos estão dizendo que tem guardas iranianos por lá. Os do norte sempre iniciam assim. A Coréia e o Irã representam, no momento, os dois espinhos na garganta americana mais a guerra no Afeganistão e farrapada do Iraque. Pensamos que Obama, além da pressão dos conservadores, deve achar que maior notoriedade para ele, somente inventando uma guerra nova. Para decidir entre a Coréia e o Irã (pois não poderá enfrentar essas duas nações ao mesmo tempo) resolveu escolher uma delas. É bom lembrar que os Estados Unidos estão tentando sair de uma guerra (Iraque) e mandando mais homens para outra (Afeganistão) além da dificuldade financeira da crise mundial. Portanto, a proposta da brincadeira acima, é você adivinhar por onde os Estados Unidos atacarão o Irã. Gostou? Veja o mapa. Note que o Irã está cercado de países e de água. Por onde o inimigo atacará? Vamos as sugestões. Primeira, os Estados Unidos poderiam bombardear o Irã pelo norte, através do mar Cáspio. Note que a capital do país fica muito perto dali. Ainda como primeira opção, poderiam atacar ao mesmo tempo pelo sul através do golfo Pérsico. Nesse caso seria atacar em duas frentes: pelo norte e pelo sul. Na frente sul poderiam bombardear de três posições distintas: do golfo Pérsico, do estreito de Ormuz e do golfo de Omã. Segunda sugestão, invasão por terra. Não poderia acontecer pelo vizinho Iraque que não aceita servir de ponte. Sobre essa possibilidade, pela Turquia, não acreditamos. É um país grande, independente e não iria se meter nessa encrenca. É bom lembra que apoio ao inimigo em terras vizinhas ao Irã, poderá sofrer sérias consequências. Então vamos para outras opções. Por onde entrarão as tropas americanas? Pela Armênia, Turcomênia, Tajiquistão, Afeganistão, Paquistão, Omã, Emirados Árabes, Barém, Catar ou Arábia Saudita? Em não havendo surpresas, sugerimos quatro frentes de ataques ao todo. Duas já citadas através de bombardeios navais e aéreos pelo norte e pelo sul nas águas do Cáspio e dos golfos. Por terra entrariam tropas pelo leste através do Afeganistão ─ cujo efetivo militar está sendo aumentado ─ e outra frente pelo oeste saindo da Árábia Saudita, tradicional aliada dos ianques. Os países menores dos golfos “colocariam a boca no saco”. Quanto a Israel, cremos que não entraria na luta diretamente para não dar a entender ao mundo que seria uma briga particular. Mas de ser é. Contudo, Obama quer usar o nome da ONU como fizeram com o Iraque.
A Corrida de Celso Amorim a Teerã para um diálogo de urgência, é o último cartucho do Brasil, da Turquia e do Irã, mas duvidamos que Barack esteja torcendo para isso. Ganhar do Irã é colocar a Coréia do Norte na parede. Mesmo assim, se até agora os americanos não conseguiram sair nem do Iraque nem do Afeganistão, imagine do Irã, depois. No caso da Venezuela é caso de apenas uma bicorada da águia.
E então, amigo, pensou conosco, quer analisar sozinho ou quer enviar uma belíssima “banana” para o mundo? Educadamente: chega de BRINCADEIRA SINISTRA!
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